sexta-feira, 4 de dezembro de 2009


Eu, pensando até quase agora me vi triste. HOJE tudo é muito igual, tudo é copiado, tudo é pirata, tudo é por demais artificial. E nesse mesmo esquema eu quis buscar algo novo, algo que REALMENTE me enchesse os olhos, os ouvidos, o estômago e a cabeça. Conteúdo é uma coisa tão (MAIS) abstrata nessa linguagem de hoje, nessa musicalidade rápida, chula, descartável. Ontem eu cantava "Segura o tchan, amarra o tchan..." e achava isso ótimo na verbalidade, ótimo na ginga ms nada comparado ao sentimento de hoje, é amadureci musicalmente. Eu to cansada das mesmas musicas e bandas e refrãos e vocalizes e solos e "inspirações" fantasmagóricas nas composições e cenas de sexo narradas nas musicas e desvalorizações do que já está desvalorizado, ai CANSEI;
Eu não quero que um dia meu filho chegue da escola dizendo que aprendeu mais musicainstruçãodecomoassaltarenãoserpegopelapolicia, eu não quero que meu filho veja tudo que acontece a sua volta com olhar de peixe morto, com cabeça de lagarto doente. Eu não quero ter que perder pra depois ganhar, eu não quero ter que descer no nivel de musicas com gemidos sexuais pra entender que o que se faz na cama, toda onomatopéia que se faz alli não precisa estar nas radios que eu, meu avô e seu filho escutamos.
Isso daqui não é preconceito, rótulo, nem uma cabeça fechada ás DIVERSAS manisfestações musicais. Isso daqui é uma cabeça tão aberta, MAS TÃO ABERTA que consegue enxergar o futuro das letras de pagodes, axé, dance e tudo mais. O futuro disso é a redução da visão da arte, arte se faz de qualquer modo,portanto meu caro faça arte se quiser. Ouça Novos Baianos e concorde ou não comigo.

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